ENTENDIMENTO
Como as pessoas escutam e processam no cérebro a fala dos
outros? Diferente ou igual ao que foi dito? Acredito que é nesse entendimento
que surgem as aproximações nas mais variadas formas de relacionamento. As aproximações às vezes com certo tempo geram
distanciamentos, inimizades. O relacionamento fica sem cor, sem gosto, apático.
Aquelas mesmas palavras ditas e ouvidas com tanto carinho, tornam-se
agressivas. Basta uma simples frase, uma única palavra para desencadear uma
ação de desafeto. Nestas ocasiões imagino que as energias que geram o
raciocínio estão em polaridades distintas, uma positiva, outra negativa. E,
quando isto acontece o melhor é desligar a energia gerada para o entendimento.
O positivo encontra na fase (frase) o negativo. A única e correta ação será os
dois cederem, recuarem para um entendimento posterior quando notarem que a
energia voltou á voltagem correta.
Tanto é difícil dois
geradores alimentarem uma mesma estação, como duas pessoas se entenderem num relacionamento
recente. A princípio tenho a impressão que a fiação, ou os fios da vida são novos,
sem falhas, sem rodeios para alimentar baterias elétricas ou humanas. A
atração, aquela gerada no conhecimento visual
parece ser ligada há uma só fonte de energia. Energia da vida. Uma se alimenta,
se carrega com a energia da outra. Uma precisa da outra, assim como funciona a
eletricidade: pólo positivo e negativo. No entanto, com o passar do tempo, vem o
desgaste provocado pelo funcionamento em contínua alternância. E, surgem divergências.
Elas abrem caminho ás intolerâncias que se apresentam com freqüência nessa nova
fase de vida. A esta altura dos acontecimentos acredito que o início do fim de
uma geração/relação está para acontecer. É chegado o momento de renovação. É
chegada a hora de receber/transmitir energia saudável/eficiente. Agora em oscilações geram apagões não apenas
de minutos, mas de horas, dias, até mesmo o fechamento total da geração/relação
de uma saudável união. É nesta hora, que me pergunto: O que fazer? Desmontar
todos os equipamentos que levaram anos para entrar em operação com tantas
dificuldades para manter sempre a energia limpa, positiva durante tanto tempo?
Estou realmente sem saber. Será melhor desmontar tudo o que foi erguido ou
seguir adiante consertando ali, falhando acolá, na esperança de encontrar uma
solução para manter a energia sob controle? Quem sabe se assim a LUZ que ilumina as almas, a LUZ que alimenta os espíritos não nos
ajudará a encontrar uma solução para nos conduzir em paz neste mundo de provações.
* * *
31/12/2013
Um comentário:
É, Saulo, a aproximação por vezes afasta. A convivência desgasta. E ficamos iguais a fios descobertos, dando choque quando se encosta.
Achei interessante a construção do texto comparando relacionamento com a parte elétrica.
abraço, um bom 2014.
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